O termo Artrose remete a um quadro de desgaste da cartilagem articular, que é responsável pelo movimento completo e indolor, e, no caso da Artrose do tornozelo, diferentemente das mais comuns que ocorrem em quadril e joelho, afeta principalmente a população mais jovem.
A artrose do tornozelo pode ser primária, quando causada por uma doença própria da cartilagem local, normalmente em pacientes idosos, ou secundária/pós-traumática em decorrência de eventos traumáticos como entorses, contusões e fraturas.
Existe uma relação entre entorses de repetição e o desenvolvimento de artrose pós-traumática. A artrose pós-traumática, que tem surgido em idades relativamente precoces, constitui a principal causa para tratamento cirúrgico da artrose do tornozelo.
Esse tipo de lesão possui caráter degenerativo e pode estar associada a um desequilibro na distribuição da carga sobre a porção medial do tornozelo.
Quanto aos sintomas, costuma iniciar com um quadro de dor leve. Com o tempo, há um enrijecimento articular, diminuindo a amplitude de movimento do membro e causando uma série de limitações, piorando a deambulação e limitando as atividades do dia a dia.
Quando crônica, as dores que eram presentes durante o movimento passam a ser constantes e prejudicam também o repouso. Pode apresentar ainda edema, calor na região, ocorrer alterações do osso subcondral, que fica logo abaixo da cartilagem e crescimento de osteófitos ou bicos de papagaio.
O diagnóstico é confirmado através de exame físico e de imagem como a radiografia simples, tomografia ou ressonância magnética. Em casos mais avançados podem ser identificadas deformações causadas por desvios articulares.
Referencias:
MARTINS, Daniela Sofia Oliveira. Instabilidade crónica do tornozelo. 2020.
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