A coalizão tarsal é caracterizada pela fusão óssea anormal entre os ossos do tarso, que compreende o calcanhar e a parte média do pé. Normalmente, os ossos do tarso são separados por articulações e permitem o movimento adequado do pé. No entanto, na coalizão tarsal, essa mobilidade é comprometida devido à fusão óssea.
Tipos de Coalizão Tarsal:
Existem dois tipos principais de coalizão tarsal:
1. Coalizão Tarsal Talocalcânea: Neste tipo, ocorre a fusão entre o talus (um osso na parte superior do pé) e o calcâneo (osso do calcanhar).
2. Coalizão Tarsal Calcâneo Navicular: Envolve a fusão entre o calcâneo e o navicular (um osso localizado na parte média do pé).
Causas:
A coalizão tarsal é geralmente considerada uma condição congênita, o que significa que está presente desde o nascimento. Algumas teorias sugerem uma predisposição genética para essa condição, mas as causas precisas ainda não são totalmente compreendidas.
Sintomas:
Os sintomas da coalizão tarsal podem variar, mas geralmente incluem:
- Dor no pé: Especialmente durante ou após a atividade física.
- Rigidez articular: Dificuldade em movimentar o pé normalmente.
- Inchaço: Pode ocorrer devido ao uso excessivo.
Diagnóstico:
O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de exame físico, histórico médico do paciente e exames de imagem, como radiografias ou tomografia computadorizada (TC) para visualizar a fusão óssea.
Tratamento:
O tratamento da coalizão tarsal pode variar com base nos sintomas e na gravidade da condição. Opções de tratamento podem incluir:
- Medicação para a dor: Analgésicos ou anti-inflamatórios podem ser prescritos.
- Órteses ou palmilhas: Para proporcionar suporte ao pé.
- Fisioterapia: Exercícios específicos para melhorar a mobilidade e reduzir a rigidez.
- Cirurgia: Em casos graves, a cirurgia pode ser recomendada para remover a fusão óssea e restaurar a mobilidade.
Referências:
1. Mann RA, Coughlin MJ. Surgery of the Foot and Ankle. 7th ed. St. Louis, MO: Mosby; 1999.
2. Scranton PE Jr, McDermott JE, Rogers JV. The os calcis. Patterns of abnormality. J Bone Joint Surg Am. 1976;58(6):814-819.
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