Recuperar rapidamente os atletas das cargas de treinamento, jogos constantes e lesões musculares denota vantagem competitiva. A crioterapia já é usada em bases cotidianas para tratar processos inflamatórios e acelerar a recuperação dos microtraumas musculares gerados pelas competições e pelos treinos.
A crioterapia é um conjunto de técnicas para tratamento de lesões traumático-ortopédicas agudas que utiliza do frio como principal ferramenta, reduzindo a temperatura corporal e/ou de certos tecidos, gerando diversos benefícios fisiológicos à musculatura. Apesar de parecer simples, esta técnica estimula importantes alterações físicas responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso, músculo-esquelético, vascular, entre outros.
Normalmente, no tratamento de crioterapia, é usado o gelo em uma banheira, onde o paciente permanece por alguns minutos, mas também pode ser feita de diversas outras maneiras como com o gelo picado ou em pedra, envolto em um pano, com bolsas térmicas, géis ou aparelhos específicos, uso de spray ou, até, com nitrogênio líquido. Esse processo faz com que o corpo apresente diminuição da dor e espasmos musculares, além de reduzir o inchaço das lesões.
Os benefícios dessa técnica incluem:
- Melhoras na circulação e metabolismo;
- Aceleração da cicatrização;
- Reparação celular e do tecido, melhorando a regeneração muscular;
- Melhora da função imunitária;
- Diminuição e limitação de edema;
- Diminuição de dores.
Mas como a crioterapia é capaz de promover estas vantagens?
A redução dramática na temperatura do corpo provoca diversas alterações por todo o corpo como a liberação de uma súbita explosão de adrenalina, dando um impulso imediato para o sistema imunológico.
O sistema vascular é um dos sistemas mais afetados pela crioterapia, que provoca uma vasoconstrição. Logo, isso limita a hemorragia inicial intra-tecidual, devido e diminuição do fluxo sanguíneo para a região, e diminui a extensão da lesão.
Então, a crioterapia é utilizada imediatamente após traumas devido a sua capacidade de limitar o extravasamento celular pela constrição dos vasos sanguíneos, o que diminui a formação de edemas e processos inflamatórios advindos da lesão.
Baixas temperaturas são também capazes de estimular receptores térmicos e fazer com que a transmissão de impulsos nervosos para o local seja menor, diminuindo a sensação dolorosa.
A crioterapia é um dos métodos utilizados pela Seleção Brasileira na recuperação de Neymar e do lateral Danilo e foi de grande ajuda para que nossos craques pudessem voltar a campo tão rapidamente.
O método escolhido no caso deles consiste na utilização de uma mini-câmara que resfria o entorno do atleta com nitrogênio em temperaturas que variam de -100ºC a -190ºC.
A exposição às temperaturas negativas promoveu a aceleração metabólica, diminuindo o processo inflamatório, dores, tirando edemas e promovendo a recuperação muscular, permitindo que os atletas tivessem uma recuperação mais rápida.
Referências:
Vista do Recursos Fisioterapêuticos (Crioterapia e Termoterapia) na espasticidade (unifesp.br)
http://www.jornacitec.fatecbt.edu.br/index.php/VIIIJTC/VIIIJTC/paper/viewFile/2034/2471
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