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Foto do escritorCaio Augustus

LESÕES DE SINDESMOSE - QUAL SUA RELAÇÃO COM O ESQUI?



Lesões sindesmóticas são mais comuns em esportes com colisões de alta velocidade, superfícies artificiais, terreno irregular e salto que podem resultar em dorsiflexão e rotação externa do pé em relação ao tornozelo e tíbia, como ocorre no futebol, basquete, rúgbi, esqui, hóquei.


A sindesmose tibiofibular é uma estrutura que mantém a relação entre a tíbia distal e a fíbula. A sindesmose consiste de ligamentos tibiofibulares inferior, posterior e anterior e da membrana interóssea.



São comumente referidas como entorses altas do tornozelo porque ocorrem proximais aos ligamentos que são mais comumente lesados durante entorses de inversão lateral. Lesões ligamentares mais graves (ou seja, completas) podem ocorrer, mas são incomuns sem fratura e geralmente requerem estabilização cirúrgica.


As lesões ocorrem, principalmente, quando o pé é submetido a uma força de rotação externa enquanto está em posição de dorsiflexão e estudos mostraram que a posição do pé afeta a natureza da lesão.


Seu principal sintoma é a dor, que costuma ser difusa ou localizada ao nível da articulação do tornozelo. O exame físico inclui inspeção de edema e palpação quanto a sensibilidade. Podem ainda ser feitos testes provocativos para avaliar a lesão aguda, como: teste do aperto, estresse de rotação externa, Cotton, translação fibular e os testes de perna cruzada.


O exame de imagem padrão inclui radiografias simples e a ressonância magnética.



Observe acima o edema subcutâneo e o derrame, bem como a lesão completa do ligamento tibiofibular ântero-interior (seta azul) e o edema maleolar posterior (setas vermelhas) com ligamento tibiofibular póstero-inferior intacto.


A lesão pode ser classificada de acordo com sua gravidade, sendo a menos grave classificada como grau I e a mais grave como grau III.


Em geral, as lesões grau I são clinicamente leves, com articulação sindesmótica estável, achados radiográficos normais e lesão incompleta dos ligamentos laterais.


Lesões de grau II (moderadas) são associadas com ruptura parcial do ligamento sindesmótico, achados radiográficos normais e testes positivos de rotação externa e compressão. No entanto, não existe consenso em relação à estabilidade articular.


As lesões de grau III (instáveis) incluem lesão completa dos ligamentos sindesmóticos. A radiografia simples mostra o alargamento do espaço livre medial e/ou sindesmose, e todos os testes clínicos são positivos.


Seu tratamento depende do grau da lesão, em geral, pacientes sem diástase franca ou instabilidade dinâmica nas radiografias com sustentação de peso ou estresse podem ser tratados não cirurgicamente. Lesões de grau III são relativamente incomuns e geralmente são tratadas cirurgicamente. Os princípios e métodos de fixação são semelhantes aos usados para fraturas com instabilidade sindesmótica.



Referências:

  • Kenneth JH, Phisitkul P, Pirolo J, Amendola A. High Ankle Sprains and Syndesmotic Injuries in Athletes. Journal AAOS, 661-673.

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