Como dito na última publicação, durante o desenvolvimento da criança, ela muitas vezes começa a andar na ponta dos pés e quando ela não tem nenhuma doença associada denomina-se Marcha em Equino Idiopática e a criança costuma voltar a andar normalmente com o passar do tempo.
Porém, caso persista em idades acima de dois anos, podemos pensar em um quadro neurológico como paralisia cerebral ou transtornos do desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A marcha equina não faz parte dos critérios diagnósticos de TEA, porém, é uma das queixas frequentes nesse grupo de pacientes.
Ainda não se sabe com exatidão a maneira em que o TEA se relaciona com a marcha equina, mas pode estar relacionada a uma hipo ou hipersensibilidade tátil ou comprometimento do equilíbrio e orientação espacial da criança.
A abordagem terapêutica desses casos costuma ser mais difícil e exige um acompanhamento com o ortopedista e uma equipe multidisciplinar, para que haja maior compreensão e adesão ao tratamento.
O esquema do tratamento ortopédico segue o padrão, com indicação de fisioterapia, uso de órteses e realização de gessos seriados, além do uso de toxina botulínica e, em último caso, a cirurgia.
Referências:
https://drdavidnordon.com.br/autismo-e-a-marcha-na-ponta-dos-pes/
Comentarios